Em 30 da abril de 1980, foi instituído no Brasil o Dia Nacional da Mulher. A data escolhida é uma homenagem ao aniversário de Jerônima Mesquita (1880-1972), uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Jerônima nasceu no estado de Minas Gerais, mas viveu anos na Europa e depois mudou-se para o Rio de Janeiro. Enquanto esteve fora do país, presenciou as manifestações das sufragistas, que iriam inspirá-la mais tarde. Durante a I Guerra Mundial, trabalhou como voluntária pela Cruz Vermelha.

No Brasil, Jerônima, juntamente com Bertha Lutz, Stela Guerra Duval e Maria Eugênia, foi um expoente na luta pelos direitos das mulheres. Participou ativamente do movimento sufragista brasileiro de 1932 e foi uma das autoras do Manifesto Feminista de 1934, no qual se lê: “As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos pra o outro, e, consequentemente, pra a Nação”.