Entrevista: Rute Carvalhal apresenta propostas e diferenciais para gestão do Crea

Entrevista: Rute Carvalhal apresenta propostas e diferenciais para gestão do Crea

O Senge-BA contatou os presidenciáveis do Crea-BA para saber o que eles planejam para gestão da instituição e qual o posicionamento político deles. Até o momento, apenas a candidata Rute Carvalhal esteve disponível para entrevista. Confira na íntegra a conversa que tivemos com ela:

  1. Quais as principais propostas para sua gestão no Crea-BA?

Defender o caráter multiprofissional do sistema e a valorização das profissões vinculadas;

Apoiar iniciativas para a valorização dos técnicos e tecnólogos no sistema Confea/Crea;

Defender o preenchimento de cargos técnicos por profissionais;

Ampliar o diálogo com as Entidades profissionais e promover um choque de gestão no Crea-BA;

Defender o Salário Mínimo Profissional;

Criar o Prêmio Crea-BA de Meio Ambiente e Acessibilidade;

Atender aos 417 municípios baianos;

Atuar diretamente em órgãos públicos, principalmente nas Comissões de Licitações, auxiliando quanto à representação legal do profissional;

Atuar em parceria com as Entidades de classe e os sindicatos, de forma a fiscalizar e estabelecer ações para que à frente de cada projeto, de cada obra, de cada órgão governamental, de cada empresa, haja um profissional legalmente habilitado;

Reformular o Plano de Cargos, Carreiras, Remuneração e questões que atingem as atividades de fiscalização do Conselho;

Defender a implantação das Eleições via Internet.

  1. Qual tipo de relação pretende estabelecer com as entidades de classe e, especialmente, com o Senge-BA?

As entidades de classe, nas últimas décadas, têm exercido um papel muito importante no enfrentamento de grandes desafios. São elas que lidam diretamente com questões que envolvem os profissionais, graças a maior exigência por serviços de qualidade, frente às aceleradas mudanças sociais e econômicas. Portanto, devemos continuar na trilha de reformas, sendo necessária a inovação nas práticas administrativas.

É preciso, em parceria com essas entidades, profissionalizar e democratizar a gestão. O objetivo é expandir serviços, contribuindo para que as entidades possam mobilizar a sociedade para um compromisso aberto e ético. Neste contexto, o Senge deve ser parceiro no equilíbrio entre cobrança e responsabilização, fortalecendo as carreiras dos técnicos, tecnólogos e engenheiros.

  1. Qual seu posicionamento em relação à participação do Senge-BA na mesa de negociação como representante dos analistas técnicos do Crea-BA?

O Senge é parte do fortalecimento do Sistema. Deve representar o instrumento por meio do qual se pretenda garantir a efetiva realização das metas e estratégias de viabilização e implementação de benefícios que atendam as demandas dos técnicos e analistas do Crea-BA.

  1. Na sua gestão, como pretende trabalhar a defesa do salário mínimo profissional?

O Crea deve desenvolver exaustivamente demandas na revisão da legislação, recomendando ações jurídicas que venham a impactar positivamente no reforço e convencimento das entidades públicas e privadas, no cumprimento ao SMP.

É preciso atuar de forma pragmática para a regulamentação e cristalização do marco regulatório que estabelece a carreira exclusiva de estado para engenheiros, incluindo também os técnicos e tecnólogos.

  1. Qual sua opinião com relação à privatização da Petrobrás, da Eletrobras e das empresas estaduais de saneamento? 

Neste tema, três pontos merecem destaques: a Petrobrás é a maior empresa nacional, portanto, dos brasileiros. A Eletrobras é a empresa que tem como objetivo garantir o setor elétrico estável e eficaz, atendendo as demandas de todo o país. A água é fundamental para a sobrevivência do homem e não deve ser privatizada, devendo permanecer no controle estatal.

Neste sentido, entendo mais vez que essas atividades estratégicas do setor de energia e saneamento são marcantes para a sociedade e a vida econômica do país. A presença do Estado na oferta desses serviços deve ser ampliada nas suas linhas de atuação, por ter um peso econômico e social relevante.

  1. Qual sua opinião com relação às concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos propostas pelo Governo Federal?

O transporte não é um tema clássico na política, mas tem uma determinação crescente dos fluxos de pessoas e mercadorias. A infraestrutura de rodovias, ferrovias e aeroportos é a principal barreira comercial para a importação e exportação brasileira, sem considerar os custos dos transportes e o tempo gasto.

Desta forma, o país precisa investir substancialmente na estrutura logística, que deve passar por investimentos públicos e privados. É importante citar o transporte marítimo e o aumento da eficiência portuária. O Brasil precisará melhorar substancialmente sua estrutura logística. É preciso que haja um investimento em voos regionais, interligando as principais cidades do interior do Estado, com tarifas compatíveis com os demais tipos de modais.

  1. Considerações finais 

Tanto os profissionais, como as entidades pontuam marcas de independência e cooperação. Nessa eleição do dia 19 de novembro, devemos promover uma reflexão da necessidade de crescimento e renovação do Crea, caracterizadas por ideias avançadas e consensos básicos para munir e sustentar a perspectiva de um conselho unido, lutando por transformações positivas, encarando as carências e desafios que ora enfrenta.

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