G20 revela aspectos sociais para recuperação da economia

G20 revela aspectos sociais para recuperação da economia

O desemprego, a baixa demanda e a falta de acesso à educação e à energia são fatores que prejudicam o desenvolvimento econômico mundial. Portanto, ao se trabalhar contra esses problemas em escala planetária, trabalha-se a favor da superação da crise financeira mundial. De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, ao chegar a essas conclusões, os representantes do G20 – grupo que integra as 20 maiores economias do mundo – deram um tom diferenciado ao atual encontro, na reunião de cúpula que terminou hoje (16) na Austrália.

“Esta reunião do G20 teve uma característica que foi diferenciada, que foi o fato de uma preocupação grande com os processos de universalização [do acesso à educação e à energia]”, disse a presidenta brasileira, durante entrevista à imprensa concedida após sua participação na plenária do encontro.

Dilma ressaltou algumas semelhanças entre as conclusões do grupo e as políticas públicas praticadas no Brasil. “Nós não podemos achar que economia não tem esse componente social. Uma das coisas que o Brasil aprendeu é que economia também precisa de uma certa difusão não só, por exemplo, da universalização da luz, da água e de vários outros serviços, mas também da universalização da educação e da educação de qualidade. Isso é um aprendizado que tivemos no nosso próprio país”. De acordo com a presidenta, no que se refere ao acesso à energia elétrica o Brasil está em uma situação “bastante razoável”, uma vez que o país tem mais de 99% da população atendida.

Infraestrutura –  O G20 divulgou documento sinalizando a possibilidade de conseguir, até 2018, crescimento adicional de 2,1% dos produtos internos brutos (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) do bloco. A carta defende ainda a adoção de políticas macroeconômicas para apoiar o desenvolvimento e crescimento inclusivo, reduzindo a desigualdade e pobreza.O grupo enfatizou a necessidade de investir em infraestrutura, e destacou o papel dos bancos multilaterais e bancos públicos de desenvolvimento.

“Combater as deficiências de investimento e infraestrutura é crucial para elevar o crescimento, a criação de empregos e a produtividade (…). Nossas estratégias de crescimento contêm grandes iniciativas de investimento, incluindo fortalecer o investimento público e melhorar nosso clima de investimento doméstico e financiamento, o que é essencial para atrair novos recursos do setor privado”, diz a carta.

O documento diz também que os países buscarão aumento da eficiência energética para atender à necessidade de crescimento sustentável e desenvolvimento. Apoia, por fim, ações para enfrentar as mudanças climáticas que estejam de acordo com a última conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto.

Mercado de Trabalho – Os países assumiram o compromisso de reduzir a diferença entre as taxas de participação no mercado de trabalho de homens e mulheres, trazendo mais de 100 milhões de mulheres à força de trabalho até 2025. O G20 também se compromete “fortemente” a reduzir o desemprego entre os jovens, considerado “inaceitavelmente alto”.

Fonte: Agência Brasil / Repórteres: Mariana Branco e Pedro Peduzzi

Foto:  Roberto Stuckert Filho/PR

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