Governador da Bahia especula reforma administrativa com fechamento de empresas estaduais

Governador da Bahia especula reforma administrativa com fechamento de empresas estaduais

por Comunicação Fisenge

Reeleito para o próximo mandato ao governo do estado da Bahia, Rui Costa anunciou polêmicas medidas de austeridade fiscal. Entre elas, o fechamento de empresas estaduais e o aumento da alíquota previdenciária de servidores de 12% para 14%. De acordo com o engenheiro e diretor do Sindicato dos Engenheiros da Bahia (Senge-BA), Allan Hayama, estas medidas afetam diretamente a categoria e o desenvolvimento da engenharia baiana. “A especulação de fechamento de empresas envolve nomes como a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB), a Bahia Pesca e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). É totalmente equivocada essa política de austeridade fiscal, que afeta o desenvolvimento tecnológico do estado e a geração de emprego e renda”, afirmou. Após o anúncio na imprensa, o Senge-BA ao lado de outras entidades como o Sindipec (Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas da Bahia), ABEM (Associação dos Engenheiros de Minas) e ABG (Associação Baiana dos Geólogos) se reuniram e protocolaram um pedido de esclarecimentos ao governo do estado.


Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico apontam que a Bahia é o terceiro maior produtor de gemas e metais preciosos do país. Em 2017, sua produção mineral comercializada foi de R$ 2,6 bilhões, o equivalente a 1,4% do PIB baiano e o setor gera 15 mil empregos diretos. Além disso, a Bahia é um dos estados referência em produção de minerais especiais, como cobre, cromo, magnesita, urânio, granito azul bahia, azul macaúbas. “Privatizar ou extinguir essas empresas é um atentado à engenharia, à soberania nacional e ao povo baiano. Estas empresas significam uma grande fatia do desenvolvimento econômico e social do estado”, disse Allan, que está se reunindo com as entidades em um comitê de defesa das empresas estaduais. “Um dos nossos objetivos é que seja aberto um diálogo com a sociedade, que precisa participar dessas decisões”, acrescentou.

A assessoria de imprensa do governo do estado não respondeu aos contatos até o final desta edição.

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