IV Simpósio Nacional o Rural e o Urbano no Brasil

IV Simpósio Nacional o Rural e o Urbano no Brasil

O IV Simpósio Nacional o Rural e o Urbano no Brasil (SINARUB) teve como tema central ” O Estado, o capital e os “excluídos” na produção do rural e do urbano”,  realizado pelo Núcleo de estudo Regionais e Agrários (NERA) e pelo Laboratório Estado Território e Desenvolvimento (LESTE), nos dias 08 e 09 de Setembro.

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Um espaço pensando para promover o debate de questões referentes à problemática socioespacial que se projeta no rural e o urbano no Brasil.  O SINARUB proporcionou a troca de experiências entre os pesquisadores e/ou grupos de pesquisa preocupados com o tema.

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A conferencia de encerramento que abordou as novas estratégias de produção do capital no campo e na cidade, foi ministrada pelo Professor Doutor Emir Sander (UERJ) e teve a presença do diretor do Senge Bahia, Allan Yukio. “É importante, principalmente na conjuntura política e social que temos hoje, existir esse tipo de discussão, porque quando o campo e a cidade se unir, a burguesia não vai resistir.” afirmou o Diretor do Senge.  O Sindicato de Engenheiros da Bahia, teve a oportunidade de conversar com o Professor.

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SENGE-BA –  Como você vê esse panorama político e  econômico do Brasil e quais são as expectativas para os movimentos sociais?

EMIR SANDER –  A direita foi derrotada quatro vezes no Brasil e tem todas as possibilidades de voltar a ser derrotada. Então procurou um atalho, montou um golpe institucional, para terminar com os governos que se iniciaram em 2003 e tinham conseguido em um país mais desigual do continente mais desigual do mundo, diminuir a miséria, desegualdade e a exclusão social. Com isso estão instalando um governo ilegítimo, de vingança contra o povo. Que basicamente, procura desconstruir, desmontar os direitos sociais, os direitos dos trabalhados, o patrimônio publico. É uma situação muito grade, porque ninguém delegou nada, não passaram pelo voto popular. Então aos movimentos sociais, a esquerda e o campo popular, em seu conjunto, cabe a responsabilidade enorme de impedir que eles façam isso. Em dois anos, eles vão conseguir destruir o que melhor foi construido no país até agora, os movimentos sociais têm tido uma atitude extraordinária, uma atitude de unidade, de combatividade. A tendência é que as manifestações aumentem, porque conforme as iniciativas antipopulares, antidemocráticas do governo, vão se tornando claras, maior a quantidade de pessoas se incorporam, isso vai ter que tornar esse governo ingovernável, até que o povo recupere o direito de decidir o seu destino pelo voto popular.

SENGE-BA – Hoje, você está lançando o livro “O Brasil que Queremos “, pode falar um pouco dele e sobre a importância de estar sendo lançado aqui em Salvador?

EMIR SANDER –  Eu organizei um livro chamado O Brasil que Queremos, pra voltarmos a pensar no futuro do país, que país a gente quer. Nós sempre ganhamos as eleições, quando compararmos o que a direita fez e o que os governos depois de 2003 fizeram. Não basta isso, temos que pensar que estado, que sociedade, educação e saúde, precisamos. É um livro com dezoito autores, propondo alternativas de futuro para o Brasil, com a apresentação do Lula. Estou aproveitando esse privilégio de estar aqui para poder lançar o livro, ele foi publicado pelo Laboratório de Políticas Publicas da UESC, que inicia a sua editora e que pode viabilizar justamente através da distribuição direta, da debates, de espaços como este em que é possível chegar diretamente ao publico que mais nos interessa.

 

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