Salvador a primeira Capital do Brasil

Salvador a primeira Capital do Brasil

A cidade de Salvador foi fundada em 29 de março de 1549 que foi o dia que armada Portuguesa ancorou no porto da Barra transportando quase mil colonos, soldados e missionários, sob o comando de Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil.

Tomé de Sousa era fidalgo da pequena nobreza Portuguesa era primo do poderoso  Conde de Castanheira Antônio Ataíde principal conselheiro do Rei João III da dinastia Avis e  filho e herdeiro de Dom Manuel o Venturoso.

As ordens de D. João III para Tomé de Sousa era de constituir o governo provisório na “América Portuguesa”, organizar a colonização, manter relações e estabelecer alianças como os índios locais, garantir a exportação do pau Brasil, implantar Engenhos de Açúcar, proteger a costa Brasileira, combater os piratas e invasores Franceses e construir a capital da colônia Portuguesa.

A Baia de todos os Santos foi local escolhido para ser instalada a capital da colônia devido à posição geográfica central do território Português na América. Esta região já contava, porém, com uma presença portuguesa anterior, que facilitou os contatos e permitiu uma boa recepção por parte das populações ameríndias.

O principal apoiador do Governador era Diogo Álvares o famoso “Caramuru”, segundo a historiografia oficial naufragou na costa da Bahia em 1509, e ali se estabeleceu e casou com a filha de um chefe dos indígena Itaparica. Diogo Alvares é uma das figuras mais controversas da nossa historia, alguns dizem que era um espião Francês que foi deixado na costa baiana para se aproximar dos índios, outros que era um degredado português e outros que era naufrago que foi acolhido pelo chefe indígena Itaparica.

É importante ressaltar que até 1521 o Brasil não despertava interesse do governo português, que estava mais interessado no comercio com “índias orientais”. O Brasil era usado como ponto de abastecimento para comida e agua dos navios que deslocavam para Ásia e África e na exploração do Pau Brasil.

Dom João III interessou‑se pela exploração do território, mas a coroa não dispunha de recursos para promover e financiar a colonização de um território extenso como o Brasil. Portanto, o rei decidiu aplicar o modelo adotado na Ilha de Madeira e Açores entregando e colonização ao setor privado através das capitanias hereditárias.

A costa brasileira foi dividida em quinze parcelas e cada uma foi cedida a um capitão‑donatário, que deveria tratar da sua exploração e colonização com recursos próprios. Acontece, porém, que esta experiência obteve resultados muito desiguais e boa parte das capitanias fracassaram.

O aumento da pirataria e do corso francês na região e o crescente risco do surgimento de colónias francesas na costa – o que veio de facto a ocorrer pouco depois – levou o rei a criar, em 1548, o cargo de governador‑geral, dotado de amplos poderes e com a missão de coordenar o esforço de colonização, garantir a defesa da costa, promover o comércio e facilitar o trabalho de evangelização das populações locais.

A cidade prosperou rapidamente ao longo das décadas seguintes, afirmando‑se como uma das cidades mais importantes das Américas, principal porto do hemisfério sul e principal centro de missionário católico do império colonial português e em vista disto foi elevada a sede de bispado em 1552.

Na segunda metade do século XVI Salvador se tornou o principal centro da indústria do açúcar e do comércio de escravos. A sua prosperidade tornou-a alvo das ambições dos rivais holandeses, que a atacaram e ocuparam, durante cerca de um ano, em 1624.

Em 1763 a capital foi transferida para o Rio de Janeiro devido a descoberta de metais preciosos nas Minas Gerais, este processo iniciou a perda de prestigio e de decadência econômica e social da cidade e da Capitania Geral da Bahia.

Este processo só começou a ser revertido a partir da segunda metade do século XX com a implantação da Refinaria de Petróleo Landulfo Alves, do Centro Industrial de Aratu e do Polo Petroquímico.

Professora Doutora Engenheira Marcia Ângela Nori

Presidente do SENGE-BA

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