SENGE–BA: 79 ANOS DE COMPROMISSO COM A ENGENHARIA E COM BRASIL.

SENGE–BA: 79 ANOS DE COMPROMISSO COM A ENGENHARIA E COM BRASIL.

O Sindicato dos Engenheiros da Bahia foi fundado em 27 de setembro de 1937 , no dia  de São Cosme e Damião, por sessenta nove profissionais liderados pelo Engenheiro Alfredo Nogueira de Passos. Neste dia, no famoso campo da Graça houve uma memorável partida entre o Galícia e o Ipiranga, com a vitória surpreendente de 4 X 3 para o Ipiranga. O mês de setembro também foi um mês de conversas e conspirações politicas entre o estudante de Engenharia Carlos Marighella e o Governador Juraci Montenegro Magalhães sobre a possibilidade de resistir ao um Golpe de Estado do Presidente Getúlio Vargas que seria efetivado como Estado Novo em novembro de 1937.

Nesta atmosfera conturbada, onde os jornais falavam da guerra civil espanhola e da possível deflagração da segunda guerra mundial e que brilhava nas telas do cinema o filme Romeu e Julieta, campeão de bilheteria mas que não levou o OSCAR de 1937, foi fundado o Sindicato dos Engenheiros da Bahia.

Durante todos esses anos o SENGE-BA desenvolveu uma luta constante junto à categoria, tendo participação importante na campanha do “Petróleo é Nosso”, em defesa da Engenharia e da Soberania Nacional, da industrialização da Bahia e do Nordeste, na valorização profissional (sendo uma das entidades signatárias do projeto lei apresentado ainda na década de 60 pelo então Deputado Almino Afonso que daria a origem à legislação do salário mínimo profissional), e mais recentemente teve um papel fundamental na ampliação do regime fiscal do supersimples para as micro e pequenas empresas de engenharia, apesar de ter obtido uma vitória parcial com extensão do beneficio apenas as empresas do setor de construção civil.

79 anos

A partir da década de 80, com a mudança do perfil da categoria iniciado a partir da implantação do Pólo Petroquímico e Centro Industrial de Aratu, onde passou a existir a predominância de profissionais assalariados, foi exigido do SENGE-BA uma mudança de postura na atuação mais próximo das categorias majoritárias, sendo que atuação dos seus dirigentes (Pedro Rocha, Paulo Jackson, Marcos Pimentel, Abelardo Oliveira, Eduardo Araújo, Manoel Barreto, José Olívio, Gustavo Paez, Marcelino Galo, José Fidelis Sarno, entre outros) neste período propiciou a formação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Tratamento e Purificação de Água (SINDAE) e dos Trabalhadores em Empresas de Perícias, Pesquisas e Informações (SINDIPEC), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Salvador e os Sindicatos das diversas categorias dos servidores públicos estaduais e federais.

O SENGE-BA foi uma das entidades fundamentais na campanha das Diretas Já, do Fora Collor e na articulação dos movimentos dos servidores públicos municipais, estaduais e federais por melhores condições de trabalho e das campanhas salariais das empresas estatais e do setor privado.

O Sindicato é filiado a CUT – Central Única dos Trabalhadores e a FISENGE – Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros e possui uma base de cinquenta mil profissionais sendo que quatro mil e oitocentos são filiados: Engenheiros, Engenheiros Agrônomos, Geólogos, Técnicos agrícolas e industriais de nível médio e tecnólogos, que atuam nos diversos ramos de produção ou como profissionais liberais.

Em 79 anos o mundo passou por diversas transformações tecnológicas, sociais e políticas, muitos do que vivem hoje talvez nunca tenham ouvido falar da “maquina de escrever Remington”, do “radiotelegrafista”, da “Régua de Calculo”, da “radionovela”, do “normografo”, da “régua T”, do “repórter esso”, do “Programa J. Silvestre”, das “chacretes” e do “chacrinha”, no “muro de Berlim”, da “ guerra fria” e etc, porém existem algumas coisas que não mudaram: a desigualdade social, a necessidade de lutar pela soberania nacional e pelo desenvolvimento tecnológico, assim como o nosso Compromisso Com a Engenharia e Com o Brasil.

Ubiratan Félix Pereira dos Santos

Presidente do SENGE BA

Professor do IFBA

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