Última palestra do ciclo da ELAHP lota auditório do Senge-BA

Última palestra do ciclo da ELAHP lota auditório do Senge-BA

Por Giovana Marques (Ascom Senge-BA)

A última palestra do ciclo promovido pela Escola Latinoamericana de História e Política, aconteceu na última sexta-feira (16). A instituição participou do Fórum Social Mundial 2018, com apoio do Senge-BA. A atividade abordou o  tema “Balanço da experiência política da esquerda latino-americana”, mediada pelo historiador Valter Pomar.

O Eng° Civil Ubiratan Félix, Presidente do Senge-BA e vice-presidente da Fisenge, compareceu em todas as palestras e disse que o historiador mostrou que, apesar das diversas experiências, os governos de esquerda da América Latina tiverem em comum a melhoria das condições de vidas da sociedade de baixa renda e de políticas nacionais desenvolvimentistas. Também, da defesa mais retórica do que prática, integração regional e oposição ferrenha das classes dominantes e do imperialismo americano. “A palestra contribuiu para entender o atual momento político e social do Brasil”, finalizou ele.

“Acho que o mais importante que ele trouxe foram as divergências que existiam dentro dos partidos comunistas, citou o PCB e sua mudança de estratégia em 58 e falou sobre o neodesenvolvimentismo que era muito forte e que estruturou por um tempo as ditaduras” explica Ana Paula, estudante de Enfermagem da UNEB. “A esquerda tem o grande desafio de ganhar espaço de formação e organização”, completou.

Estava presente também a vice-presidente do Partido da Esquerda Europeia (PIE) e militante espanhola, Maite Mola. Ao final da palestra de Valter Pomar, ela fez uma breve participação abordando aspectos da esquerda política na Europa.

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Valter Pomar é gráfico, historiador e já foi dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) / Foto: Giovana Marques

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Esquerda Latino-americana

De acordo com a palestra, entende-se por esquerda aqueles que estão em conflito com o imperialismo da região, com a desigualdade social capitalista e em defesa da aplicação da democracia popular. E, por América Latina um conceito que não é abordado geograficamente, mas sim no sentindo político, formulado em contraposição aos Estados Unidos, a fim de estabelecer uma hegemonia na região.

Valter explica que os antepassados da política de esquerda latino-americana, provém daqueles que lutavam contra as monarquias, escravidão e colonização. No entanto, o estudo do balanço dessa vertente surge exatamente pelo fato de não ter permanecido a mesma desde o século 16 até o período atual. Hoje, quando o termo é usado refere-se aos tempos de luta contra o imperialismo e o capitalismo. Na América Latina, ao longo de 150 anos, notam-se duas dinâmicas: a primeira, os países da região que desenvolveram forte base industrial como Brasil, Argentina e México e a segunda são aqueles que mantiveram no fundamental uma economia agroexportadora.

Veja palestra na íntegra 

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