O V Fórum de Sustentabilidade, realizado ontem (23), em Salvador, reuniu especialistas do país e do exterior para debater o grande desafio de tornar a sustentabilidade economicamente viável. A iniciativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercador Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), teve como tema as “Cidades Inteligentes e Sustentáveis”.

Para Luciano Muricy, presidente da Ademi-BA, mais que um debate sobre como inserir a sustentabilidade nas construções e lançamentos imobiliários, o Fórum propõe um debate sobre as formas de transformar as cidades. Muricy lembrou ainda da construção do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador – PDDU, que já está em andamento.

Diretor de gestão sustentável da Ademi-BA, Rafael Valente acredita que é preciso encarar o custo das práticas sustentáveis em investimentos de negócios imobiliários. “Há ideias sustentáveis mas que não têm escala industrial. Precisamos saber quanto custa a sustentabilidade e encará-la como um investimento”, diz. O evento mostrou algumas experiências, como em Medellin, cidade colombiana, apresentada pelo engenheiro civil Julio Orlando Castro, um dos responsáveis por propostas de construção social de habitação da cidade.

Entre os caminhos sugeridos aos representantes do poder público municipal, para tornar a cidade mais sustentável, está o IPTU Verde – desconto progressivo oferecido pela Prefeitura de Salvador a imóveis que adotam práticas sustentáveis. ” A Ademi propôs o IPTU Verde, que é algo que chega diretamente ao consumidor. O tema da cidade não passa só no poder público. Para promover as mudanças para preservar o futuro já perdemos tempo demais. Agora temos que recuperar o tempo perdido.”, disse Fábio Rocha, especialista em sustentabilidade.

* Com informações do jornal A Tarde