História


Fundação

No dia 27 de setembro de 1937, o engenheiro civil Alfredo Nogueira Passos e os seus colegas fundaram o Sindicato dos Engenheiros da Bahia (Senge BA). No dia 10 novembro do mesmo ano, o presidente Getúlio Vargas manobrou o golpe do Estado Novo. Logo após, no dia 11 de dezembro, Vargas assina o decreto regulamentado o exercício profissional da Engenharia e Arquitetura. Devido ao golpe do Estado Novo, a carta sindical foi emitida quase 7 anos após a fundação do Sindicato, em 12 de janeiro de 1944.


Início da luta pela Valorização Profissional

Nos primeiros anos do Sindicato, em Estado eminentemente agrícola e com baixos índices de industrialização, a sua atuação se caracterizou pela organização dos Engenheiros enquanto profissionais liberais, em defesa do mercado de trabalho, principalmente contra atuação de leigos, pela agilização dos alvarás e licenças municipais e na garantia de exigência de contratação de profissionais engenheiros nas empresas contratadas pelo Estado na realização de obras e projetos de Engenharia.


Contratação de profissionais da Engenharia no setor público

Na década de 1940, o Sindicato lutou pela estruturação dos órgãos públicos e das carreiras de Engenharia do Estado da Bahia e na Prefeitura Municipal de Salvador. Com a chegada da Petrobrás, na década de 50, começa a surgir o mercado privado de Engenharia na Bahia, a exemplo da Odebrecht que foi fundada em 1944. Iniciam-se também os movimentos pela criação da lei que estabelecerá o Salário Mínimo Profissional dos Engenheiros e Arquitetos.


Campanha “O Petróleo é Nosso”

A partir da década de 1960, o Sindicato teve participação intensa na campanha do “Petróleo é Nosso“ e na defesa das riquezas minerais, da soberania e da tecnologia nacionais. Em 22 de abril de 1966, é estabelecida a Lei Federal que dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária. Na década de 70, a Bahia ganha a expansão do emprego privado no setor petroquímico e metal – mecânico com a implantação do Centro Industrial de Aratu e do Polo Petroquímico de Camaçari.


Redemocratização do Brasil

Nos anos 1980, o setor de Engenharia inaugura um longo período de estagnação e pauperização dos profissionais da Engenharia. Foi símbolo a capa da Revista Veja com a chamada “O Engenheiro que Virou Suco” e da Revista Isto É, “Onde estão os Engenheiros da USP”. Em vista deste quadro, o Senge-BA atuou fortemente com o objetivo de aproximar os profissionais de Engenharia das lutas gerais dos trabalhadores, participando da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto (SINDAE), entre outras importantes entidades. Em parceria com Clube de Engenharia da Bahia (CEB) e o Instituto de Arquitetura da Bahia (IAB), o Senge-BA também foi importante trincheira na luta contra a ditadura militar, em defesa da redemocratização do Brasil, da Anistia e das Diretas Já para Presidente da República.


Fundação da Fisenge

Fundada em 18 de setembro de 1993, a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) possui 11 sindicatos filiados no Brasil: na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em Rondônia, em Sergipe, no município de Volta Redonda e no Sindicato de Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina. Entidade teve participação fundamental na luta contra a privatização, na elaboração das políticas públicas urbanas, na criação do Conselho Nacional das Cidades e do Ministério das Cidades.


Lutas das centrais sindicais

Na década de 1990, a atuação do Sindicato, como demais entidades sindicais, foi basicamente defensiva. A defesa do emprego, das conquistas sociais e laborais, contra a flexibilização dos direitos trabalhistas e o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Políticas públicas que demandam a Engenharia O Senge-BA se notabilizou e tornou-se protagonista nas discussões das políticas públicas de habitação com interesse social, mobilidade urbana, Engenharia Pública, desenvolvimento sustentável, entre outros temas. Os desafios demandam cada vez mais a participação dos profissionais da Engenharia. Exigem das entidades representativas um novo olhar para a atuação desse profissional e a sua articulação com a sociedade. É nesse contexto que o Senge-BA reafirma seu Compromisso com a Engenharia e o Brasil.

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