SOS Brasil Soberano: Engenharia, Soberania e Desenvolvimento

SOS Brasil Soberano: Engenharia, Soberania e Desenvolvimento

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) lançam, este mês, o Simpósio SOS Brasil Soberano, série de debates que vai reunir profissionais de diferentes áreas de atividade, acadêmicos, formadores de opinião, parlamentares e representantes da sociedade civil, em várias capitais brasileiras, para produzir uma agenda de programas e projetos para o país, em direção oposta à do atual governo.

“Precisamos propor alternativas que recoloquem o Brasil em condições de voltar a crescer economicamente, com soberania e dignidade para o povo trabalhador”, afirma Olímpio Alves dos Santos, presidente do Senge e vice-presidente da Fisenge. Para isso, os simpósios serão um espaço aberto para construir de forma participativa um projeto nacional, considerando um cenário até 2035, focado na engenharia, na soberania e no desenvolvimento econômico e social.

Estão programados quatro encontros até junho. Abre a série o I Simpósio SOS Brasil Soberano, no dia 31 de março, no Rio de Janeiro, com o tema “Contra a crise, pelo emprego e pela inclusão”. A escolha da questão do emprego para iniciar os encontros explica-se, de acordo com Clovis do Nascimento, presidente da Fisenge, por ser a mais urgente: já são cerca de 13 milhões de desempregados, de acordo com o IBGE, considerando apenas os dados do trabalho formal. “É a maior crise da história recente do país”, avalia. “Nós, engenheiros, entendemos que sem planejamento não conseguimos chegar a lugar algum. Nosso objetivo é pensar e contribuir para a construção de um novo Brasil. O nosso país tem expertise em diversas áreas, como prospecção de petróleo em águas profundas, e não podemos ficar caudatários da internacionalização da engenharia e do ataque à soberania nacional.”

A Fisenge reúne 12 sindicatos de engenheiros em 11 estados no Brasil. “A mobilização para a defesa dos direitos e do patrimônio dos brasileiros tem um caráter nacional, multissetorial, porque interessa a toda a sociedade brasileira”, destaca Clovis.

A iniciativa tem a coordenação e curadoria de Chico Teixeira, professor de História Moderna e Contemporânea na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo ele, o simpósio deve constituir uma célula de pensamento, um espaço de reflexão, que vá além das análises de conjuntura e apresente propostas objetivas. “Hoje, no Brasil, as conquistas obtidas pela nossa geração, e pelas anteriores, estão em risco”, diz. “Já precisamos de mais de uma década para voltar a uma situação como a de 2013. Os dados de desemprego do IBGE refletem apenas parcialmente o quadro nacional, no qual estima-se que existam da ordem de 22 milhões de pessoas sem trabalho. E a rede de proteção social que poderia apoiar esse contingente está sendo desfeita pelo atual governo, em velocidade estarrecedora. É preciso buscar soluções urgentes, interromper este ciclo perverso.” Nesse sentido, o professor destaca a necessidade de atrair para este esforço a maior diversidade possível de expressões e representações da sociedade.

Para mais informações, visite o site SOS Brasil Soberano e a página do facebook.

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