Entrevista com Valter Sarmento

Entrevista com Valter Sarmento

Por Fernanda Lima

Assessoria de Comunicação Senge/BA

O conselheiro regional do Crea-Ba e engenheiro civil, Valter Sarmento confirma sua candidatura a conselheiro federal do CONFEA. Segundo ele “[…] o que posso justificar para o pedido de apoio é meu histórico de comportamento que pode ser resumido nos cumprimentos rigorosos de compromissos assumidos, de liberdade de ação, de diálogo com todos e de, principalmente, estar sempre atento às ameaças aos nossos interesses profissionais. ”

Mostra-se ciente da necessidade da proximidade dos profissionais junto ao Sistema Confea/Creas e afirma estar preparado para a responsabilidade que o cargo exige.

Confira a entrevista completa com o engenheiro Valter Sarmento:

SENGE/BA: Quais são as principais propostas da sua chapa?

Valter Sarmento – Nós temos propostas para trabalhar em vários campos e temas afetos ao nosso Sistema. Mas acredito que a principal é de a reestruturar ou refazer alguns conceitos que fundamentam a atuação do mesmo. Esta reestruturação é essencial para adoção de atitudes e ações de efeitos internos e externos. O Sistema, por exemplo, insiste em um equívoco histórico muito grande, que é o de restringir as competências que a lei garante aos profissionais através de provimentos internos. Nenhum conselho profissional faz isso. Há que se entender que o exercício inadequado de atividades profissionais para as quais se tenham competências legais, mas sem as necessárias competências técnicas, será resolvido mais adequadamente através de mecanismos éticos. Um rigoroso código de ética produziria um efeito muito mais eficiente que as resoluções restritivas de atividades e instituidoras de reservas internas de mercado. Por certo resolveria a questão dos sombreamentos que é a causa maior dos nossos conflitos internos. Os profissionais se auto avaliariam e não buscariam se justificar nos textos de resoluções para atuações inadequadas ou indevidas.

SENGE/BA: Você citaria alguma ação realizada pelo senhor?

Valter Sarmento – Sim. Quando coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil, instituí a obrigatoriedade da identificação dos votos dos conselheiros. Hoje é uma realidade no Plenário do Crea Bahia. Desenvolvi também procedimentos para facilitar os relatos de processos. No plano federal, onde me articulo com diversas lideranças, provoquei o CONFEA para constituir representação de profissionais nos comitês de estudo da ABNT quando na elaboração ou revisão de normas que afetem as atividades dos nossos profissionais. A preocupação foi a de não permitir que os profissionais do Sistema venham a perder espaço também nas atividades normatizadas pela ABNT. Por minha solicitação, fui indicado como representante do Crea Bahia em duas importantes comissões, o que serviu de exemplo para outros regionais e para o próprio Confea.

Este é um exemplo de que o Confea precisa ter organismos permanentes para tratar de relacionamentos externos de forma padronizada, harmônica.

SENGE/BA: Qual a importância dessa padronização?

Valter Sarmento – Veja o caso das relações conflituosas com outros conselhos, por exemplo com o conselho dos arquitetos que querem impor a exclusividade para eles de várias atividades que sempre foram desempenhadas por engenheiros de várias modalidades. Alguns CREAs interpuseram ações na Justiça, outros não. O CONFEA mantém procedimento próprio e diverso do adotado por cada Crea. O fato de não haver uma padronização da posição a ser tomada é temerário. As questões dos cursos de engenharia também precisam de uma atenção especial e coordenada. Enquanto outros conselhos profissionais atuam junto e dentro do MEC para se posicionar sobre os cursos de suas áreas de atuação, o nosso toma posições pontuais.

SENGE/BA: De que forma essa participação dos conselhos junto ao MEC é benéfica?

Essa relação é indispensável. O sistema profissional assume a responsabilidade de, ao registrar o egresso das instituições de ensino, estar assumindo que ele está apto a prestar serviços à sociedade. E não existe essa garantia. Um dos procedimentos para atenuar este problema seria o exame de suficiência. É uma questão que precisa ser debatida com o cuidado e a importância que a situação atual de livre composição de projetos pedagógicos provoca.

SENGE/BA: O que você acha da atuação do Senge Bahia?

Valter Sarmento – O sindicato é uma instituição prevista no nosso regramento jurídico e é indispensável na defesa dos interesses econômicos dos trabalhadores que são abrangidos por ele. Quanto ao Senge Bahia, especificamente, é inegável a sua intensa e eficiente atuação no cumprimento de sua missão social. Destaca-se ainda como entidade associativa. Por apresentar também esta característica, sua importância fica mais evidente. Tenho levantado a bandeira, como presidente da Abenc Bahia, de atuações conjuntas entre as entidades associativas. Um exemplo concreto da importância de ações conjuntas foi o fato recente de a ABENC ter tomado a inciativa de elaborar uma correspondência em parceria com varias outras entidades e o Senge ter feito a postagem da mesma dirigida a todas as prefeituras. Tratou-se de assuntos de interesse de todos os profissionais. O entrosamento entre as entidades é uma busca constante minha.

 

Para mais informações sobre o Eng. Valter Sarmento e seu suplente, Eng. Civil Mauro  acesse o www.valtersarmento.eng.br

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